Para tentar suprir os constrangimentos encontrados em Titehena e Demon Pagong, dois subdistritos da ilha das Flores, o IMVF desenvolve desde 2011 um projeto nesta área, procurando assim aumentar a disponibilidade, acesso e utilização de água potável pelas populações locais. Mais de 1.800 pessoas já foram beneficiadas.

Localizada na província de Sonda Oriental, a ilha das Flores é das zonas mais desfavorecidas de toda a Indonésia. De entre as suas cinco regências, Flores Oriental é de longe a mais isolada e pobre de toda a ilha. No território vivem mais de 230 mil pessoas, a maioria com parco acesso a água potável e a energia elétrica, um cenário bem distinto do que se encontra na estável e desenvolvida capital, Jacarta.

Apoiado pela Cooperação Portuguesa, Águas de Portugal Internacional e pela própria Regência local, o projeto de Melhoria do Acesso a Serviços Sociais Básicos conseguiu já servir diretamente mais de 1.800 pessoas de quatro aldeias nas localidades de Demon Pagong e Titihena, intervindo nas nascentes que abastecem as localidades e efetuando obras nas precárias infraestruturas de abastecimento de água.

Resultado de uma primeira fase de estudos e diagnósticos sobre a melhor forma de intervenção o projeto está agora a bom ritmo. “As obras para reforço da rede de abastecimento têm progredido conforme planeado, tendo-se encerrado já as obras em três das quatro nascentes previstas e em cinco aldeias, estando aproximadamente 60% da execução concluída”. Quem o afirma é Zara Merali, colaboradora do IMVF e coordenadora local do projeto.

Os encontros da equipa do projeto com os vários departamentos do Governo e com os governos distritais – os responsáveis diretos pelas aldeias – têm sido uma constante ao longo destes meses, resultando na partilha de informação sobre o progresso dos trabalhos, partilha de técnicas de reabilitação de infraestruturas adequadas e até, segundo Zara Merali, no apoio e intervenção para a resolução de pequenos contratempos como o corte num tubo de distribuição, feito por dois elemento da comunidade, não compreendendo a impossibilidade de ter os fontanários todos abertos ao mesmo tempo, por uma questão de gestão da água. “O facto de se ter fontanários nas aldeias ainda exige a sua utilização restrita para se conseguir um acesso à água por toda a comunidade, que seja equitativo, o que é feito dividindo a abertura das linhas de distribuição por períodos de manhã e tarde”.

A liderança das aldeias, assim como os representantes dos diversos departamentos governamentais, têm sido consistentes e constantes nos agradecimentos e referências que fazem ao projeto, reconhecendo os avanços feitos até aqui.

Para os próximos meses está previsto o alargamento da ação a mais cinco aldeias, complementada com formação adequada – desenvolvida com o apoio da ONGD World Vision Indonesia – para a utilização, manutenção e reparação aos sistemas, assegurando uma maior longevidade das infraestruturas e viabilizando maior autonomia das populações no acesso a água segura.

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