Durante os dias 26 e 27 de novembro, a loja “Pateo” acolheu uma exposição de produtos típicos timorenses. Uma forma de promover os produtos locais e de dar a conhecer as suas propriedades e os diferentes modos de utilização.

A flôr de papaia – um bom preventivo da malária – foi um dos produtos expostos neste espaço comercial de Díli. Babasan, bayam, varia e flôr de bananeira foram outros dos vegetais divulgados ao público através desta mostra, que incluiu ainda a distribuição de folhetos informativos.

Uma iniciativa com resultados práticos imediatos já que a lista de encomendas semanais destes produtos aumentou consideravelmente após a exposição.

Quanto à origem, todos os produtos apresentados têm a particularidade de serem produzidos em Maubara, no Distrito de Liquiçá, onde o IMVF e a Fundação ETADEP construíram e estão a dinamizar uma Unidade de Prestação de Serviços Agrícolas (UPSA).

Num país onde mais de 70% das aldeias sofre de carências alimentares, e aproximadamente 33% da população vive da agricultura de subsistência, a UPSA representa um maior crescimento e qualificação da oferta agrícola local, aumentando assim as possibilidades de escoamento.

Atualmente a UPSA integra uma loja de agricultura – inaugurada em setembro para fornecer insumos agrícolas aos produtores locais – e ainda, numa parceria com o cluster Mós Bele, uma unidade de transformação agrícola e ainda a Frutaria Maubara – responsável pela distribuição dos produtos, que saem com o rótulo comercial “Fini Diak”.

A restante produção dos agricultores associados é também escoada para o Pateo, a Escola Portuguesa e o Kmaneg, para além dos tradicionais mercados e bazares.

Estas iniciativas têm sido desenvolvidas ao abrigo do projeto de “Dinamização dos Mercados e dos Circuitos de Comercialização Locais” que beneficia já mais de 50 agricultores, num total de 6000 m2 de plantação.

Saiba que:

A alimentação diária timorense é muito baseada em vegetais e há um grande aproveitamento de quase tudo o que a terra dá. Em tétum chama-se “modo” a tudo o que acompanha arroz, que é a base da alimentação timorense. Na mostra foram apresentados alguns dos produtos mais usados como “modo”, nomeadamente como “modo fila”, que são legumes salteados – cortados ou inteiros, sozinhos e misturados – que são passados na frigideira com óleo/azeite e alho e, claro, temperados com aimanas (o picante timorense).

Consulte aqui o folheto da Exposição.

Este é um projeto financiado pela Cooperação Portuguesa e integrado no cluster “Mós Bele”.

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