As Jornadas Luso-São-Tomenses de Otorrinolaringologia regressaram ao Centro Cultural Português, em São Tomé e Príncipe, no dia 29 de maio de 2015. O mentor desta iniciativa foi o Prof. Dr. João Paço, diretor clínico do Hospital CUF Infante Santo, professor catedrático na Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa e chefe da missão de Otorrinolaringologia em São Tomé e Príncipe no âmbito do projeto Saúde para Todos: Programa Integrado de Cuidados Especializados e Telemedicina.

Este encontro integrou-se naquela que foi a segunda missão da especialidade de otorrinolaringologia realizada este ano pela equipa de médicos portugueses ao país, enquadrada no programa Saúde para Todos: Especialidades, implementado pelo IMVF em estreita parceria com o Ministério da Saúde e dos Assuntos Sociais de São Tomé e Príncipe e cofinanciado pelo Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, I.P. e pela Fundação Calouste Gulbenkian.

“As Jornadas, sem dúvida, corresponderam às expectativas”. Foi este o balanço “bastante positivo” feito pela Dra. Cristina Caroça, médica no Hospital CUF Infante Santo e membro da comissão organizadora destas Jornadas. “Cada vez mais existe a necessidade de levar a São Tomé e Príncipe o conhecimento sobre as patologias, bem como sobre as atitudes clínicas e terapêuticas que se podem desempenhar naquelas ilhas”, afirma a médica que se desloca regularmente ao país no âmbito do programa Saúde para Todos: Especialidades.

Este evento, organizado pelo IMVF no âmbito do programa Saúde para Todos: Especialidades em conjunto com os médicos de Otorrinolaringologia do projeto, e que conta com o confinamento do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, I.P e com o Alto Patrocínio da Embaixada Portuguesa em São Tomé e Príncipe abordou este ano as temáticas da voz e da patologia cervical. Todos os anos os temas são diferentes. “Iniciámos as primeiras Jornadas com a patologia otológica, por ter sido esta a principal patologia encontrada em São Tomé e Príncipe. Na segunda edição, o tema foi a rinologia e a patologia do tecido linfóide, que tem alguma influência na patologia otológica, e porque a cirurgia que mais temos praticado durante as semanas de missão de Otorrinolaringologia é a adenoidectomia e a amigdalectomia”, afirma a Dra. Cristina Caroça.

Organizadas pela primeira vez em 2013, a edição deste ano das Jornadas Luso-São-Tomenses de Otorrinolaringologia contou com 140 formandos, um número que tem vindo a aumentar anualmente. “É cada vez maior a procura por este tipo de formação. O interesse é cada vez maior, tendo-nos sido solicitado no final destas Jornadas, os slides das apresentações”, conta a Dra. Cristina Caroça. Durante o evento foram igualmente distribuídos vários livros da autoria do Prof. Dr. João Paço sobre os temas clínicos abordados.

A 4ª edição das Jornadas Luso-São-Tomenses de Otorrinolaringologia já está pensada e os temas deverão basear-se em patologias que possam surgir aquando das missões da especialidade ao país. “Deverão ser temas com utilidade para a prática clínica diária de modo a ser aplicada em São Tomé e Príncipe”, afirma a Dra. Cristina Caroça. E acrescenta. “O objetivo desta cooperação baseia-se não só na resolução das situações, mas fundamentalmente em dar ferramentas para que no futuro próximo os formandos possam resolver as situações de forma autónoma.  Por esse motivo, é necessário realizar estes períodos de formação durante as missões”.

As Jornadas Luso-São-Tomenses de Otorrinolaringologia contam com o patrocínio científico da Ordem dos Médicos Portuguesa, do Colégio da especialidade de Otorrinolaringologia da Ordem dos Médicos, da Sociedade Portuguesa de Otorrinolaringologia e da Academia CUF e tem como golden sponsors o Hospital CUF Infante Santo (HCIS) – José de Mello Saúde, a Universidade Católica Portuguesa (UCL), a Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa (FCM – UNL) e o IMVF, contando ainda com o apoio da BIAL e da MSD.

Consulte aqui o programa da 3ª edição das Jornadas Luso-São-Tomenses de Otorrinolaringologia.

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