São professores do ensino secundário e superior e lecionam em diferentes escolas e universidades portuguesas. Colaboram desde 2014 com o projeto Escola + Fase II, implementado em São Tomé e Príncipe pelo IMVF. São voluntários à distância e integram uma rede de revisores científicos e pedagógicos que contribuem para aperfeiçoar e validar os conteúdos e as estratégias de ensino dirigidas aos professores são-tomenses que integram o projeto.

“Tornou-se necessário constituir uma equipa multidisciplinar que integrasse colaboradores com diferentes saberes e que validassem cientificamente as propostas de formação, contribuíssem para o desenvolvimento pessoal e profissional dos professores são-tomenses e que estivessem disponíveis para colaborar em regime de voluntariado com o projeto”, afirma Ana Carlota Tomaz, coordenadora pedagógica do Escola + Fase II. Esta rede de revisores científicos e pedagógicos é constituída por 7 professores doutorados que prestam apoio à distância e de forma voluntária nas disciplinas de Inglês, História, Geografia, Ciências Naturais, Físico-Química, Matemática, Educação Visual e Oficinal, Francês e Português (esta última a cargo do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, I.P.). “O objetivo é validar os conteúdos e as estratégias de ensino associadas às ações de formação dirigidas aos professores são-tomenses”, acrescenta Ana Carlota Tomaz, que coordena localmente o projeto desde 2014, um trabalho que descreve como “exigente e desafiante”.

Conhecimento e experiência profissional na área da formação de professores e um conhecimento científico e pedagógico-didático aprofundado de cada disciplina são os principais requisitos que estes voluntários cumprem. Analisar, rever e discutir as propostas relativas aos planos de formação, às planificações das sessões de formação e aos respetivos recursos didáticos selecionados ou construídos pelos professores cooperantes, como por exemplo, ficheiros PowerPoint, fichas de leitura, textos, exercícios, vídeos, etc. são algumas das tarefas desenvolvidas por estes voluntários. “Os documentos que vão sendo produzidos em São Tomé pelos professores do projeto são enviados por correio eletrónico para o revisor científico da disciplina em causa e a análise, revisão e discussão dos mesmos é realizada por escrito ou via skype”, conta Ana Carlota Tomaz e acrescenta. “Alguns revisores também disponibilizam recursos complementares e materiais de aprofundamento científico para o professor cooperante responsável pela ação de formação”.

Lurdes Gonçalves, professora de inglês no ensino secundário, é uma das voluntárias que colabora com o projeto Escola + Fase II. Para além da larga experiência na docência da língua inglesa, orientou estágios pedagógicos, organizou e dinamizou formações para docentes de línguas estrangeiras e é doutorada na área da didática de línguas. “Fui fazendo propostas e sugerindo alterações ao plano de formação, de modo, sobretudo, a complexificar as tarefas, adequando-as às exigências que se deve ter com os docentes e preparando-os, ao mesmo tempo, para saber planificar e implementar atividades com os seus alunos.”, conta. As principais motivações que conduziram Lurdes Gonçalves a colaborar com este projeto foram o facto de poder estar em contacto com uma das suas atividades profissionais preferidas, a formação de professores, e de poder contribuir com o seu saber científico e com a sua experiência profissional para o desenvolvimento profissional de outros docentes.

A formação contínua de professores é uma das atividades que em muito tem contribuído para melhorar as competências dos professores são-tomenses do ensino secundário ao nível técnico-científico e pedagógico. Estas ações de formação têm como objetivo, não só reforçar as competências pedagógicas e didáticas dos professores, como também promover uma correta utilização da Língua Portuguesa no ensino das várias disciplinas. No ano letivo 2014/2015 realizaram-se 4 formações em didática, 3 em práticas de escrita e 9 ações de formação específica por disciplina.

O Escola + Fase II tem como principal objetivo promover a melhoria do ensino secundário em São Tomé e Príncipe através do reforço das competências dos professores são-tomenses e do fortalecimento da capacidade institucional do Ministério da Educação e das escolas. Este projeto é implementado desde setembro de 2013 pelo IMVF em estreita parceria com o Ministério da Educação, Cultura e Ciência de São Tomé e Príncipe e conta com o financiamento do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, I.P.

Saiba mais sobre este projeto aqui.

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