O Instituto Marquês de Valle Flôr esteve uma vez mais presente no colóquio de apresentação das experiências e resultados dos projetos da missão que a ONG Cooperación Bierzo Sur levou a cabo este ano em São Tomé e Príncipe. O encontro decorreu no dia 28 de novembro de 2015, na Casa da Cultura de Ponferrada.
Um momento de partilha de resultados e de balanço do trabalho realizado no âmbito dos projetos que estão a ser desenvolvidos em São Tomé e Príncipe, que contou com a presença de Carmén Alvarez Villas, Presidente da ONG Cooperación Bierzo Sur, de Carlos Telles de Freitas, Administrador Executivo do IMVF e de vários voluntários que integraram esta missão e que partilharam as suas experiências no terreno. O colóquio terminou com um concerto dos alunos e professores do Centro de Educação Musical Bierzo, que têm ativamente colaborado para a angariação de fundos para apoiar os projetos implementados por esta ONG.
Na sua intervenção, o administrador executivo do IMVF, Carlos Telles de Freitas fez uma retrospetiva do trabalho que tem vindo a ser desenvolvido em parceria desde 2012 entre a Cooperación Bierzo Sur e o IMVF: há 4 anos começava o trabalho na área da saúde com as missões no âmbito do Saúde para Todos: Especialidades. Um ano mais tarde, a intervenção foi alargada à área da cultura. No ano seguinte foi feito um levantamento de pessoas com deficiência em todo o país, com um programa especifico para situações de crianças com deficiência, levantamento esse que irá dar origem ao primeiro estudo sobre esta temática, a ser desenvolvido pela UNED – Universidade Nacional de Educación a Distancia no campus universitário de Ponferrada e por uma estagiária da Universidade de Santiago de Compostela.
Em 2015, na missão da Cooperación Bierzo Sur, que decorreu entre junho e outubro, foi iniciado um projeto-piloto intergeracional com a colaboração do IMVF que envolveu a população mais jovem e idosa com o objetivo de aprofundar as relações entre diferentes gerações. Este projeto, desenvolvido na localidade de Santo Amaro, foi a resposta encontrada para evitar a perda do património cultural de São Tomé e Príncipe e para perpetuar a memória coletiva em relação às tradições e histórias orais, às receitas de cozinha tradicional, aos instrumentos musicais e danças, entre outros aspetos culturais, bem como para consciencializar os cidadãos mais novos para os cuidados a ter com as pessoas de idade, incentivando a sua participação comum e ativa na sociedade são-tomense.