Estão disponíveis no canal de YouTube do IMVF 9 episódios sobre diferentes temas relacionados com Economia Social e Solidária (ESS), que contam com o contributo do Prof. Rogério Roque Amaro. Estes vídeos foram produzidos no âmbito do projeto Economia Social e Solidária (SUSY – SUstainable and Solidarity EconomY), implementado em Portugal pelo IMVF.

1º | Origens
A origem dos conceitos de Economia Social e Economia Solidária, o contexto histórico em que surgiram e os seus princípios fundamentais. “A Economia Social é a mãe da Economia Solidária, e a Economia Solidária é a nova filha, que face aos problemas atuais, tenta inspirar-se na mãe e ser diferente, ganhar autonomia”.

 

2º | Semelhanças e Diferenças
Pontos em comuns e distinções entre os conceitos de Economia Social e Economia Solidária. “Ambas serem propostas que assentam no princípio económico diferente do mercado e do Estado, a que chamamos o princípio económico da reciprocidade”. “O conceito de Economia Solidária é policêntrico e multicultural, que emerge em varias zonas do planeta, ao contrário do conceito de Economia Social, essa é outra diferença, que é essencialmente eurocêntrico e que depois foi exportado a partir dos problemas, das experiências, propostas e soluções que se viviam na Europa”.

 

3º | Identidade 
A identidade da Economia Social e Solidária e a importância de haver uma economia alternativa. “Chamar Economia Social e Solidária é, antes de mais, o reconhecimento de uma origem comum e, por outro lado, o reconhecimento de uma urgência tática na defesa de valores que a economia de mercado não nos assegura e que o Estado está a perder capacidade de defender, e por isso é muito importante que a Economia Social e a Economia Solidária se unam para se afirmarem”.

 

4º | Olhares sobre o Social Business
Os 8 campos dentro da Economia Social e Solidária, as diferenças entre eles e a dificuldade que muitos têm em ser reconhecidos. “Temos neste momento 8 tipos de Economia Social e Solidária, das quais duas são as que estão em afirmação mais assertiva: o 6º grupo, do empreendedorismo e negócios sociais, e o 8º grupo da economia solidária. Não estão na mesma logica, claramente e, portanto, são dois grupos que, neste momento, de alguma forma, se confrontam porque têm modelos de economia e de sociedade diferentes”.

 

5º | Entre o Campo e a Cidade
A rede de Economia Social e Solidária em Portugal, exemplos de experiências e propostas criativas, em meio rural e urbano. “A experiência de Economia Solidária pioneira em Portugal foi nos Açores. Existe uma rede açoriana só para a economia solidária – CRESAÇOR“.

 

6º | Reivindicações
A falta de expressão da Economia Social e Solidária em Portugal e o caminho que ainda falta percorrer para que este conceito tenha a mesma importância que atualmente já tem noutros países. “A construção de uma identidade que seja clara e o reconhecimento por parte da sociedade, quer do ponto de vista científico, cívico, político e institucional (…) estas são as coisas pelas quais, neste momento, é importante lutar para que a Economia Social e Solidária seja reconhecida como tal”.

 

7º | Trabalhar em rede
As dificuldades de trabalhar em rede. “Não é fácil porque o que domina a nossa sociedade continua a ser o individualismo, cada um por si (…). Não é fácil porque, muitas vezes, quando se trabalha em rede, o que se pretende é que todos pensem da mesma maneira é outra das perversões da modernidade, que é ter caminhado para a ideia da uniformização de processos, modelos e resultados (…)”.

 

8º | Em rede na CPLP
O surgimento de várias redes de Economia Solidária. “Existe um movimento interessante de constituição de redes, que ajuda a partilhar experiências, consolidar identidades, conceitos e práticas, mas no caso concreto da CPLP estou muito animado porque acho que um dos filões mais promissores da Economia Solidária são os filões africanos no plural”.

 

9º | Entre o consumo e a produção
O consumo como ato de responsabilidade e cidadania. “Era bom que cada vez mais cidadãos e cidadãs, quando são consumidores e consumidoras, não deixassem de se pensar como cidadãos e cidadãs, ou seja, fazerem do consumo um ato responsável”.

 

Todos os vídeos estão disponíveis aqui

O Professor Rogério Roque Amaro é doutorado em Economia pela Universidade de Grenoble, em França, é Professor Associado do departamento de Economia Política do ISCTE-IUL e coordenador do curso de pós-graduação e mestrado em Economia Social e Solidária daquele departamento. É fundador da Rede Portuguesa de Economia Solidária (RedPES).

O projeto Economia Social e Solidária pretende dar a conhecer as melhores práticas de economia social e solidárias desenvolvidas a nível nacional, europeu e internacional, para que todas as pessoas interessadas e envolvidas em iniciativas nesta área possam interagir e partilhar novas ideias e práticas e descobrir e participar em futuras oportunidades e possibilidades de economia social e solidária. A ESS propõe uma mudança no pensamento dominante capaz de transformar as atuais relações económicas numa abordagem baseada na cooperação, solidariedade e sustentabilidade.

Mais informações sobre o projeto aqui.
Facebook português: Economia Social e Solidária – Portugal
Facebook internacional: SUSY – SUstainable and Solidarity economY
Twitter: @SUSY_project

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