Depois de Vila Nova de Gaia, é agora a vez de Lisboa receber o Ciclo de Cinema Economia Social e Solidária, que vai ter lugar nos dias 4 e 11 de maio, às 19h, no Largo Café Estúdio, no Intendente.
O primeiro filme a ser exibido é “Gente Extraordinária”, de Orhan Tekeoglu (Turquia), no dia 4, às 19 horas, no Largo Café Estúdio, no Intendente. De seguida haverá um debate sobre “Cultura como motor de Desenvolvimento”. Qual o impacto das tradições e salvaguarda de estilos de vida tradicionais para o processo de Desenvolvimento? Que caminhos a seguir? Que pontes e sinergias? O orador é Alberto Fernandes, da Associação Frauga. A entrada é gratuita.
A Frauga – Associação para o Desenvolvimento Integrado de Picote, é uma associação de desenvolvimento local com 20 anos de existência, constituída maioritariamente por jovens, que orienta a sua atividade para a preservação do património natural e paisagístico local bem como do património cultural – com destaque para a língua mirandesa -, com vista à promoção equilibrada da qualidade de vida da população.
Por volta 20h15 vai decorrer um jantar temático, uma experiência gastronómica inspirada nos filmes que vamos assistir. Para dia 4 de maio, o prato será Mussaka. É necessário reservar através do email globalcitizenship.imvf@gmail.com até dia 2 de maio (preço do prato de 6,5 euros). Para os primeiros 15 inscritos o jantar é oferta!
No dia 11, também às 19h, no Largo Café Estúdio, no Intendente será exibido o documentário “Palmas” (Brasil, 2014), de Edlisa Peixoto, filme vencedor do prémio IX Edital Ceará de Cinema e Vídeo da Secretaria de Cultura do Estado do Ceará. De seguida haverá uma conversa com Joana Lopes, da Junta de Freguesia de Campolide, sobre moedas sociais e desenvolvimento local. A entrada gratuita.
Às 20h30 realizar-se-á um jantar temático, uma experiência gastronómica inspirada no filme exibido. Para dia 11 de maio, o prato será feijoada brasileira. É necessário reservar através do email globalcitizenship.imvf@gmail.com até dia 9 de maio (preço do prato de 6,5 euros). Para os primeiros 15 inscritos o jantar é oferta!
Sinopse “Gente Extraordinária”
As pessoas que habitam a costa turca do Mar Negro, com as suas tradições, o seu estilo de vida único e as suas invulgares soluções práticas de vida, podem provocar uma reflexão profunda ou acessos de gargalhadas. Metin Akinci fartou-se da vida na cidade e não consegue resistir à tentação de regressar à sua aldeia natal. Um dia, Metin deixa os seus filhos, já adultos, e a sua mulher e decide instalar-se a mil metros de altitude, em Çamlýhemþin. Mas as pessoas que vivem junto ao Mar Negro fazem coisas extraordinárias não apenas a nível pessoal, mas também a nível comunitário. O seu estilo de vida, bem como o seu sentido de humor, são excecionais. Apesar das condições naturais adversas desta região inóspita, a sua criatividade ímpar e as soluções práticas. Veja o trailer aqui.
Sobre Orhan Tekeoglu
Orhan Tekeoglu nasceu em Trabzon, Turquia. Formou-se em rádio-televisão na Universidade de Gazi e trabalhou na agência de notícias turca Anadolu e nos jornais diários Sabah e Milliyet, como jornalista, durante 25 anos. Em 2010 realizou a sua primeira curta metragem, “Ifakat”, e, em 2013, a sua primeira longa metragem, “I loved you so much”. Participou em muitos festivais de cinema, incluindo o Festival Internacional de Cinema de Istambul.
Sinopse “Palmas”
Em 1973, impulsionada pelos interesses da especulação imobiliária, a Prefeitura de Fortaleza expulsou 1.500 famílias das suas casas na zona costeira da cidade. Estas famílias foram transferidas para um local a mais de 20 quilómetros do seu local de origem, sem a mínima infraestrutura de habitação, e iniciaram um intenso movimento de reivindicações e lutas. Esta seria mais uma história entre tantas que acontecem no Brasil e pelo mundo, não fosse pelo facto de que essa comunidade resolveu atacar os problemas sócio-económicos dos habitantes do bairro criando o seu próprio dinheiro, o PALMAS. E um Banco: o primeiro banco comunitário Popular do Brasil. O Banco Palmas. Veja o trailer aqui.
Edlisa Barbosa Peixoto nasceu a 9 de fevereiro de 1972, em Fortaleza, no Ceará, Brasil. Psicóloga, licenciada na Universidade de Fortaleza, UNIFOR, também completou uma pós-graduação em Audiovisual e Meios Eletrónicos na Universidade Federal do Ceará (UFC) . Em 2005, realizou o seu primeiro projeto de documentário, “Palmas para eles”.
“Palmas” é a sua primeira longa-metragem, produzida com o prémio recebido pelo XI Edital Ceará de Cinema e Vídeo da Secretaria de Cultura do Estado do Ceará (Secult).O Ciclo de Cinema Economia Social e Solidária exibe filmes da 10.º edição do Festival local de cinema Terra di Tutti – Resenha cinematográfica de documentários e cinema social do “sul do mundo”, criado em Bolonha, Itália, pelas organizações COSPE e GVC, em 2007.
A edição do Festival de 2016 teve um enfoque particular em modelos e experiências de economia social e solidária (ESS), colocando no centro as pessoas e o ambiente, a promoção do desenvolvimento económico igualitário e redistributivo. Neste contexto, o projeto “SSEDAS/SUSY – Economia Social e Solidária”, cofinanciado pela União Europeia e coordenado em Portugal pelo Instituto Marquês de Valle Flôr, promove alguns dos seus filmes mais emblemáticos, sensibilizando o público para esta temática.