“Estamos contentes de vos dar as boas-vindas à Atenas da crise, mas também a uma sociedade que contra todas as probabilidades está a tentar encontrar, com os seus próprios poderes, criatividade, solidariedade e cooperação, uma maneira diferente de viver, de produzir, de partilhar. Estamos contentes de que o 4º. Congresso Europeu de Economia Social e Solidária, com o apoio e colaboração da RIPESS Europanos tenha permitido trazer à luz as várias constelações de empreendedorismo e experiências sociais.Um ecossistema aberto e multifacetado de Economia Social e Solidária, em constante formulação e expansão. Um espaço de contactos, de experiências e de partilha de conhecimento, incubação de redes de cooperação e de aprofundamento democrático”.

Foram estas as palavras de abertura do Congresso UniverSSE 2017 de Economia Social e Solidária (ESS), que decorreu entre os dias 9 e 11 de junho de 2017, em Atenas.

As 54 sessões organizadas, com a participação de centenas de agentes da ESS, representaram o universo de práticas e iniciativas associadas aos eixos de ação da Economia Social e Solidária. O universo da ESS é caracterizado por um vasto conjunto de iniciativas de vários setores da economia, como alimentação, educação, comércio, novas tecnologias, financiamento alternativo, comunicação, turismo, entre outros.

Gestão horizontal, relações laborais, gestão de conflitos, sustentabilidade social e económica, redes, estratégias de marketing, impacto social e processo de tomada de decisão são alguns dos desafios que foram discutidos. E claro que não podemos deixar de refletir sobre que economia falámos: Economia Social? Economia Solidária? Economia Cooperativa? Empreendedorismo Social?  Economia de partilha?

 

Foram equacionadas, igualmente, as questões do consumo responsável, da produção e das alterações climáticas, não esquecendo o papel que as práticas de ESS podem ter na integração social. E quando se fala em ESS, é preciso ser claro em relação às políticas públicas a nível local, nacional, regional e internacional, que têm um impacto direito nas iniciativas desenvolvidas. Até que ponto é que os novos enquadramentos legais estão a potenciar ou a condicionar os efeitos transformadores desta economia?

Reconhecendo que é possível um novo modelo económico em que as pessoas estão no centro, uma das principais conclusões deste Congresso é a necessidade de se aprofundarem as redes de partilha e de informação sobre as iniciativas de ESS, mas sobretudo sobre o impacto das mesmas na sociedade.

O projeto Economia Social e Solidária (SUSY – SUstainable and Solidarity EconomY) tem como objetivo fortalecer as competências dos atores locais envolvidos na economia social e solidária e promover um novo paradigma de desenvolvimento económico, de forma a combater a pobreza e a partilhar um modo de vida equilibrado e sustentável.

Este projeto é financiado pela União Europeia, com o apoio do Camões, I.P., e é implementado em Portugal pelo IMVF em parceria com 25 associações internacionais, em 23 países europeus.

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