O documentário “Neram N’Dok” vai ser exibido no INSTIDOC – 4.º Ciclo do Documentário Institucional, no próximo dia 17 de outubro de 2017, às 18h, no Centro Cultural Franco-Moçambicano, em Maputo. Com origem em 30 países, os documentários selecionados para a edição deste ano – que decorre entre 17 e 21 de outubro – incidem sobre as temáticas de Ambiente e Sustentabilidade, Cultura, Democracia, Direitos Humanos, Desenvolvimento Social, Educação, Género, Política e Saúde. Haverá também espaço para conversar com os realizadores e com os responsáveis pelos projectos documentados. A entrada é gratuita. Consulte o programa aqui.

Neram N’Dok, é uma expressão Bijagó que significa “levem e guardem convosco”. Este é um filme que traz um olhar sobre um processo de governação participativa nas ilhas Urok, uma área marinha protegida no Arquipélago dos Bijagós, Guiné-Bissau. “Era uma vez o extenso mar azul cristalino do Arquipélago dos Bijagós (Guiné-Bissau), uma área protegida onde conservar e desenvolver a cultura e a biodiversidade é, mais do que a realidade, o futuro. Era uma vez um documentário que conta a história dos Bijagós, o povo das ilhas Urok que tem em mãos a construção de um modelo único de sustentabilidade e desenvolvimento da sua cultura e da vibrante natureza da qual depende.” “Filmar e produzir o Neram N’Dok teve como desafio registar a vida dos Bijagós, um povo que vive quase completamente isolado em ilhas no sul da Guiné-Bissau, e documentar a sua cultura e a sua organização social muito própria e única”, Luís Melo, realizador.

Produzido entre abril e novembro de 2012, o documentário foi realizado por Luís Melo, Diogo Ferreira e Emanuel Ramos numa colaboração entre o IMVF e a Universidade de Aveiro no âmbito do projeto “Urok Osheni! Conservação, Desenvolvimento e Soberania nas Ilhas Urok” implementado pelo IMVF em estreita parceria com a Organização Não Governamental guineense Tiniguena e cofinanciado pela União Europeia e pelo Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, I.P.

Este projeto, desenvolvido entre janeiro de 2010 e março de 2013 e considerado pela União Europeia como um exemplo de boa prática, contribuiu para a construção de um modelo de desenvolvimento participativo e durável tendo como base o reforço do acesso ao ensino e à formação, a dinamização da economia local, a valorização do património cultural e o fortalecimento dos serviços comunitários, um trabalho que atualmente tem continuidade através do projeto “Bijagós, Bemba di Vida! Ação Cívica para o Resgate e Valorização de um Património da Humanidade”.

Ficha técnica:
Produção: Instituto Marquês de Valle Flôr, Tiniguena e FIBA | Realização: Luís Melo, Emanuel Ramos, Diogo Ferreira | Financiamento: União Europeia, Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, I.P. , MAVA – Fondation pour la Nature, FFEM – Fonds Français pour l’Environnement Mondial | Parceiro: Universidade de Aveiro | Data: 2013 | Duração: 40’

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