A cerimónia de assinatura do projeto “Territórios Sustentáveis para a Paz em Caquetá” decorreu no dia 11 de dezembro de 2017, na Embaixada de Portugal em Bogotá. O contrato com o IMVF foi o primeiro a ser assinado no âmbito do Fundo Fiduciário da União Europeia para a Colômbia, no qual um Estado membro da União Europeia, neste caso Portugal, participa ativamente ao nível do planeamento e execução.
O projeto foi apresentado pela Cooperação Portuguesa e vai ser implementado nos próximos três anos pelo IMVF – a primeira ONGD portuguesa a atuar em território colombiano – e pela Rede Nacional de Agências de Desenvolvimento Local da Colômbia (RedAdelco).
O projeto “Territórios Sustentáveis para a Paz em Caquetá” pretende reforçar as capacidades agrícolas em regiões afetadas pelo conflito armado na Colômbia e apoiar a criação de atividades agrícolas geradoras de rendimento em zonas rurais da região de Caquetá, com vista a melhorar as condições de vida das populações e a contribuir para a consolidação de uma paz duradoura no país.
O projeto conta com o financiamento de 3.150.000 euros da União Europeia, sendo cofinanciado em cerca de 800.000 euros por contribuições do Camões-Instituto da Cooperação e da Língua, I.P., da governação local do Departamento de Caquetá e das Alcadias de Montañita e El Paujil, e de empresas privadas portuguesas presentes na Colômbia.
A área de implementação do projeto será em particular nos municípios de La Montañita e de El Paujil que, em conjunto, têm uma população de quase 45 mil habitantes com vocação produtiva agrícola.
“O projeto prevê beneficiar de forma direta iniciativas agrícolas e agroindustriais de 2500 camponeses (cerca de 50% mulheres) e 6500 habitantes com infraestruturas rodoviárias, produtivas e sociais. Espera-se envolver neste processo pelo menos 23 aldeias (algumas das quais com a presença de culturas ilícitas) e fortalecer pelo menos 50 organizações locais com base social e produtiva”, explicou a Encarregada de Negócios da Delegação da União Europeia na Colômbia, Rachel Brazier.
O Embaixador de Portugal na Colômbia, João Ribeiro de Almeida, sublinhou que “Portugal quer contribuir com o que tem de melhor para este projeto, porque o desejo de apoiar uma paz duradoura e estável na Colômbia é um compromisso firme e imutável do nosso país. Por conseguinte, escolhemos como organização executora o Instituto Marquês de Valle Flôr, uma organização portuguesa com 30 anos de experiência na promoção de projetos de desenvolvimento rural integrado em países tropicais e em situação de pós-conflito, com alta capacidade técnica e conhecimento extensivo em produção de cacau.”
O Embaixador João Ribeiro de Almeida destacou também que este projeto é o resultado de um trabalho conjunto entre várias instituições portuguesas e colombianas, sem cujo apoio não teria sido possível conceber o projeto, agradecendo por esta razão a dedicação e empenho demonstrados por todos os intervenientes.
Realçou ainda as contribuições não só da União Europeia e de Portugal, mas também das Autoridades de Caquetá, de empresas portuguesas com alto sentido de responsabilidade social, como a Mota-Engil e a Jerónimo Martins, bem como do Fundo Galego de Cooperação e Solidariedade e da Agência Extremenha de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento.
Concluiu dizendo que “este projeto é fruto de um esforço coletivo, guiado pelo desejo de Portugal em contribuir para a paz e para o desenvolvimento da Colômbia.”