Trata-se da formação dada entre os dias 7 e 11 de maio do ano em curso às rádios comunitárias da província Leste, realizada na cidade de Gabú, na Guiné-Bissau que congregou 10 comunicadores oriundos das rádios comunitárias de Bafatá, Boé, Cambadju e Pichi, no âmbito das atividades de reforço de capacidades dos media, que começam a ser desenvolvidas pelo recém-criado Grupo Informal de Formadores de Jornalistas.

A formação tinha como objetivos, entre outros, dotar os formandos com ferramentas teóricas e práticas sobre jornalismo, com destaque para a comunicação para o desenvolvimento, técnicas de comunicação, ética e deontologia profissional, e géneros jornalísticos, possibilitando assim que os mesmos exerçam as suas atividades com maior qualidade e rigor, observando os padrões éticos e deontológicos da profissão. Esta ação surge na sequência da Formação Pedagógica Inicial de Formadores ministrada pelo CENJOR – Centro Protocolar de Formação Profissional para Jornalistas de Portugal a 10 jornalistas e profissionais da comunicação social guineenses ligados às áreas técnicas, durante 15 dias (de 6 a 24 de novembro de 2017), no quadro do apoio dado pelo UE-PAANE – Fase di Kambansa aos órgãos de comunicação social e comunitários, um dos públicos-alvo do projeto.

O Grupo Informal de Formadores de Jornalistas observou que um dos constrangimentos enfrentados pelas rádios comunitárias é o de que grande parte dos seus comunicadores não têm formação especializada, sendo na sua maioria jovens que trabalham em regime de voluntariado. Esta situação faz com que estas rádios não tenham uma massa crítica formada e permanente, já que os jovens voluntários entram e saem delas conforme vão tendo outras oportunidades.

De acordo com este Grupo é inquestionável que as rádios comunitárias, enquanto canais de comunicação, constituem um veículo importante para a transformação das comunidades locais. Por isso é importante conhecer e conservar o que é bom e modificar determinadas práticas negativas, como por exemplo, a interferência por vezes verificadas dos administradores, gestores ou diretores das rádios comunitárias na atividade dos seus profissionais.

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