O IMVF, juntamente com 30 organizações da sociedade civil, pedem envolvimento do Governo e da Presidência Portuguesa da União Europeia.

Uma mulher caminha entre as tendas no Campo de Taratara, na província de Cabo Delgado. Foto: UN Photo/Eskinder Debebe

Mais de 30 organizações da sociedade civil manifestam hoje o desejo de que o Governo português e a União Europeia se envolvam na solução da crise humanitária que atinge a região de Cabo Delgado, em Moçambique. Essa convicção encontra-se plasmada no artigo “Cabo Delgado: não nos conformamos com a violência” que está disponível no site do Jornal Público. Nele manifesta-se a preocupação pelo mais de meio milhão de deslocados internos e pelas condições de vida destas pessoas, recordando-se que o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) proporciona assistência humanitária a menos de 10% dos deslocados.

Lembrando a recente visita do Ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, à região, estas organizações pedem ao Governo que apoie “o Governo de Moçambique na identificação de necessidades e que, respeitando Moçambique como estado soberano, se promova o envolvimento das organizações multilaterais, regionais e dos países vizinhos e da sociedade civil moçambicana”, instando ainda o executivo “a aproveitar a Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia para colocar definitivamente na agenda a crise humanitária de Cabo Delgado”.

Movidas pela defesa intransigente da dignidade humana que, sublinham, “não pode ser subjugada a qualquer tipo de interesses”, as organizações signatárias desta tomada de posição dirigem-se também aos meios de comunicação social, pedindo que “informem sobre a crise humanitária de Cabo Delgado e investiguem as diferentes causas desta violência, evitando leituras parcelares.”

Finalmente, estas organizações comprometem-se a mobilizar as suas redes para que o problema não seja esquecido e para que se promova “o cessar da violência, os direitos humanos e um desenvolvimento sustentado”, sublinhando “o papel da sociedade civil moçambicana e, em particular a de Cabo Delgado, com quem trabalhamos.”

SIGNATÁRIOS DO ARTIGO

  • Amnistia Internacional
  • AMU – Ações para um Mundo Unido
  • APOIAR, ONGD
  • Associação Portuguesa de Solidariedade Mundo
  • Unido João Paulo II
  • AVOAR
  • Caritas Portuguesa
  • Centro Missionário Arquidiocesano de Braga
  • CIDAC
  • Comissão Nacional Justiça e Paz
  • Conferência Episcopal Portuguesa
  • Conselho Português para os Refugiados
  • Fundação Ajuda à Igreja que Sofre
  • Fundação Champagnat
  • Fundação Fé e Cooperação
  • Fundação Gonçalo da Silveira
  • Grupo Missão Mundo
  • Instituto Marquês de Valle Flôr
  • JRS Portugal – Serviço Jesuíta aos Refugiados
  • Juventude Mariana Vicentina Portugal
  • O Grão
  • OMAS – Leigos Boa Nova
  • PAR – Plataforma de Apoio aos Refugiados
  • PROCURA – Missões Claretianas
  • Província Nossa Senhora do Rosário da
  • Congregação das Irmãs Dominicanas de Santa
  • Catarina de Sena
  • Província Portuguesa da Companhia de Jesus
  • Província Portuguesa da Congregação do Espírito
  • Santo
  • Província Portuguesa da Congregação das Irmãs
  • Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus
  • Rosto Solidário
  • Sol sem Fronteiras – Associação de Solidariedade
  • Jovem Sem Fronteiras
  • União das Misericórdias Portuguesas
  • União Missionária Franciscana
  • VIDA

Créditos foto: UN Photo/Eskinder Debebe

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