Entre os dias 3 e 7 de março, o Projeto ERGUES – Ensino e Reforma da Governação Educativa em São Tomé e Príncipe, financiado pela Cooperação Portuguesa, promoveu uma missão do Instituto Politécnico de Santarém a São Tomé, envolvendo uma equipa de 4 especialistas da Escola Superior de Educação.
Esta missão de trabalho teve como foco os eixos do projeto que se referem ao reforço da capacidade institucional do Ministério da Educação, Cultura, Ciência e Ensino Superior (MECCES) e à formação de professores e investigação em educação, tendo sido acompanhada de perto pela Diretora da Direção Geral de Planeamento e Inovação Educativa (DGPIE), Marisa Costa, e pelo gestor do Eixo 4 do ERGUES, José Carlos Aragão.
Durante esta semana foram realizadas várias ações de formação sob a forma de seminários e ateliers, e também diversos encontros de reflexão e planificação de ações futuras, quer com o MECCES ao nível das estatísticas em educação e das políticas de formação contínua certificada e acreditada, quer com o Instituto Superior de Educação e Comunicação (ISEC)/ Universidade de São Tomé e Príncipe (USTP) e o Gabinete de Educação Especial (GEE) / MECCES no âmbito do sub-projeto de investigação-intervenção “Educação Especial e Inclusiva – Formação e Investigação: práticas educativas em turmas numerosas no 1.º CEB em São Tomé e Príncipe”.
Sobre as atividades formativas relacionadas com as estatísticas em educação, a Diretora da Direção Geral de Planeamento e Inovação Educativa (DGPIE), Marisa Costa, afirmou:
“O Ministério da Educação entende que o reforço de competências e a requalificação dos seus recursos humanos são fundamentais, no sentido de podermos traçar políticas públicas consentâneas com aquilo que são os desafios de desenvolvimento do país. E, neste quadro, a área de planeamento e estudos assume uma grande importância.”, Marisa Costa.
No âmbito das políticas de planeamento e avaliação de formação contínua, a docente do Instituto Politécnico de Santarém, Susana Colaço, afirmou:
“Os professores, ao longo do seu percurso profissional, têm de se manter atualizados, têm de conhecer as inovações pedagógicas, adequar os novos instrumentos à sua sala de aula, e há uma série de aspetos que devem ser trabalhados ao longo da vida.”
Na reunião de encerramento da missão, foi feito um balanço positivo das várias ações, reconhecendo-se, contudo, que há ainda bastante trabalho a fazer nas áreas em causa. Prevê-se, assim, a continuidade destas ações.
O Projeto ERGUES, com a duração de 36 meses (de 1 janeiro de 2024 a 31 de dezembro de 2026), tem como objetivo geral contribuir para a melhoria da qualidade, da equidade e da inclusão no sistema educativo de São Tomé e Príncipe, atuando em 4 eixos de intervenção: ensino técnico-profissional de dupla certificação, materiais didáticos digitais para o ensino básico e secundário, formação de professores e investigação em educação e reforço da capacidade institucional do Ministério da Educação.
O Projeto ERGUES é financiado pela Cooperação Portuguesa, através do Camões, I.P., e coordenado e cofinanciado pela Associação Marquês de Valle Flôr (AMVF) e o Instituto Marquês de Valle Flôr (IMVF). Tem como parceiros de implementação e cofinanciadores a Universidade de Aveiro, a Universidade de Évora, o Instituto Politécnico de Santarém e a Universidade Católica Portuguesa, e como parceiros de implementação e beneficiários o Ministério da Educação, Cultura, Ciência e Ensino Superior de São Tomé e Príncipe e a Universidade de São Tomé e Príncipe.