Recursos didáticos digitais e ensino experimental das ciências naturais foram alguns dos temas em destaque na 4.ª missão conjunta de Instituições de Ensino Superior parceiras do Projeto ERGUES – Ensino e Reforma da Governação Educativa em São Tomé e Príncipe, que decorreu entre os dias 31 de março e 4 de abril, em São Tomé e na Região Autónoma do Príncipe.

Integraram esta missão as docentes Ana Loureiro, Marisa Correia e Elizabete Linhares, do Instituto Politécnico de Santarém e, à distância, Margarida Lucas, da Universidade de Aveiro.

Durante uma semana realizaram-se diversas ações de formação, entre seminários e workshops, dirigidos a professores dos ensinos básico e secundário de São Tomé e do Príncipe, nomeadamente, o seminário “Potencialidades e constrangimentos da utilização de recursos didáticos digitais” (86 participantes) e o workshop “Utilização de ferramentas digitais no ensino” (38 participantes), e dirigidos a professores das disciplinas de Física, Química e Ciências Naturais/Biologia, o seminário “Laboratórios virtuais ao serviço do ensino das Ciências” (32 participantes) e o workshop “Ensino experimental das Ciências Naturais” (17 participantes).

Edumila Fernandes, supervisora de matemática da Direção de Ensino Secundário e participante do workshop “Utilização de ferramentas digitais no ensino” considerou esta formação “super interessante, porque como estamos a fazer um trabalho de atualização/revisão de materiais didáticos, esta formação veio mesmo a calhar, pois vai-nos ajudar a ter mais campos de pesquisa. Eu, pelo menos, não sabia que havia tantos portais e repositórios abertos onde podemos procurar informações para enriquecer o nosso material, por isso vou mesmo aplicar, tem muito para explorar e aproveitar, e acho que será uma mais-valia para a produção dos materiais didáticos.”

 

Aberlay Carvalho, professor de educação ambiental e participante do workshop “Ensino Experimental das Ciências Naturais”, considerou que “a formação foi espetacular. Permitiu-me tomar contacto, em termos práticos, com diferentes maneiras de abordar conteúdos com os alunos na sala de aula e não só, despertar neles curiosidade, compreensão dos acontecimentos do mundo e as suas transformações, bem como criar oportunidades para que se tornem mais críticos e observadores em relação aos acontecimentos que os rodeiam.” E acrescentou. “Gostei muito da iniciativa. Gostaria de manifestar o meu total apreço pela equipa formadora, coordenadora e patrocinadora do projeto ERGUES, e a minha total disposição para poder participar noutras formações deste género.”

Projeto ERGUES, com a duração de 36 meses (de 1 janeiro de 2024 a 31 de dezembro de 2026), tem como objetivo geral contribuir para a melhoria da qualidade, da equidade e da inclusão no sistema educativo de São Tomé e Príncipe, atuando em 4 eixos de intervenção: ensino técnico-profissional de dupla certificação, materiais didáticos digitais para o ensino básico e secundário, formação de professores e investigação em educação e reforço da capacidade institucional do Ministério da Educação.

Projeto ERGUES é financiado pela Cooperação Portuguesa, através do Camões, I.P., e coordenado e cofinanciado pela Associação Marquês de Valle Flôr (AMVF) e o Instituto Marquês de Valle Flôr (IMVF). Tem como parceiros de implementação e cofinanciadores a Universidade de Aveiro, a Universidade de Évora, o Instituto Politécnico de Santarém e a Universidade Católica Portuguesa, e como parceiros de implementação e beneficiários o Ministério da Educação, Cultura, Ciência e Ensino Superior de São Tomé e Príncipe e a Universidade de São Tomé e Príncipe.

 

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