A Missão de Pneumologia regressou a São Tomé e Príncipe, no âmbito do projeto Saúde para Todos – Consolidação do Sistema Nacional de Saúde de São Tomé e Príncipe, exercendo atividade clínica nos centros e postos de saúde de todos os distritos de São Tomé: Mé-Zóchi (Centro de Saúde de Trindade), Água Grande (Centro de Saúde de Água Grande), Cantagalo (Centro de Saúde de Água Izé), Lobata (Centro de Saúde de Guadalupe), Lembá (Centro de Saúde de Neves e Posto de Saúde de Santa Catarina) e Caué (Centro de Saúde de São João de Angolares e Posto de Saúde de Porto Alegre) e no Hospital Dr. Ayres de Menezes, na cidade de São Tomé.

Integraram esta missão, a Dra. Ana Figueiredo (chefe de missão), a Dra. Cidália Rodrigues e a Dra. Claúdia Loureiro, do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC).

A equipa médica realizou 235 consultas de pneumologia, das quais 198 foram primeiras consultas e 37 foram consulta de retorno, sendo o principal diagnóstico a asma brônquica.

No âmbito destas missões têm vindo a ser capacitados profissionais de saúde são-tomenses em todos os centros de saúde do país, sendo que nesta missão foram oficialmente designados os médicos responsáveis pelo seguimento e pela referenciação dos doentes com patologia respiratória; foi também disponibilizada medicaçãofoi iniciada a medicação de base da asma com corticoide inalado – e câmaras expansoras pediátricas, continuando o ensino do fabrico de câmaras artesanais; foram ainda realizadas ações de formação e sensibilização dirigidas a doentes e familiares em todos os locais de consulta, com distribuição de folhetos informativos sobre a asma nas crianças.

No último dia da missão, a equipa promoveu uma ação de formação sobre asma brônquica dirigida aos profissionais de saúde do HAM.

No final da missão, a Dra. Ana Figueiredo afirmou que a missão de pneumologia tem vindo a “tentar melhorar a saúde respiratória em São Tomé e Príncipe”, porque daquilo que se tem apercebido “há uma prevalência muito elevada destas doenças, nomeadamente da asma.” E deixa o alerta: “É fundamental que a população aprenda a perceber se têm ou não asma, a perceber quando é que um doente está no início de uma crise de asma e fazer o tratamento imediato. Mas muito mais importante do que isso é perceberem que a asma se tiver um tratamento de base, pode ser uma doença perfeitamente controlada, em que o doente não chegue a ter crises e que esteja bem, o que fará não só com que melhore extremamente a saúde respiratória dos doentes, mas também com que faça que haja um menor recurso aos cuidados de saúde, o que é francamente bom para o país e, essencialmente, para os doentes.”

O projeto Saúde para Todos – Consolidação do Sistema Nacional de Saúde de São Tomé e Príncipe é implementado pela AMVF – Associação Marquês de Valle Flôr, pelo IMVF em estreita parceria com o Ministério da Saúde de São Tomé e Príncipe e financiado pelo Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, I.P. e pela Direção-Geral da Saúde de Portugal.

 

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