Imaginar visões partilhadas do futuro, estimulando a criatividade coletiva e as aspirações locais;
Refletir sobre as histórias dos territórios e das experiências através de atividades diversas;
Dinamizar em conjunto objetivos, papéis e ações, através de processos participativos reais e inclusivos;
Empoderar os jovens em meios rurais, documentando o impacto facilitando a transformação social, ecológica e relacional em todas as geografias.
Formar cidadãos críticos e conscientes é essencial para promover sociedades mais justas e sustentáveis em todas as geografias. Através da Educação para o Desenvolvimento e a Cidadania Global é possível promover essa cidadania, assente em processos de aprendizagem e transformação através da ação individual e/ou colaborativa orientada para a justiça social e o bem comum.
É neste contexto que, no âmbito do projeto Jovens 2030, apresentamos a IRDE, como uma abordagem metodológica centrada nas pessoas e no planeta, adaptada especificamente aos contextos rurais, baseada nos princípios da cidadania global, sustentabilidade, participação e equidade, com foco na interligação entre igualdade de género, proteção de solo e alterações climáticas.
Assim, através da IRDE procuramos levar a EDCG a meios rurais, garantindo que as populações rurais tenham igual acesso a essas práticas e iniciativas. Na sua essência, enfatiza a importância dos processos de aprendizagem impulsionados pela comunidade, em que o conhecimento, as necessidades e as realidades locais informam e moldam as iniciativas de EDCG.
Em consonância com as orientações europeias sobre a EDCG, a IRDE sublinha a necessidade de iniciativas de desenvolvimento sustentável e uma educação que promova práticas sustentáveis de gestão e proteção do solo e resiliência climática.
Integra a fertilidade dos solos como elemento-chave da sustentabilidade e reconhece que um solo saudável e bem gerido é essencial para a produção alimentar, regeneração climática, sequestro de carbono e a saúde geral dos ecossistemas.
A conservação do solo é fundamental para a visão da IRDE, pois é crucial para a sustentabilidade a longo prazo e para o bem-estar das comunidades rurais. A IRDE também incorpora as Diretrizes da ONU, que defendem as práticas educativas como uma ferramenta para promover a cidadania global. As Diretrizes da ONU sobre EDCG, incentivam as comunidades em meio rural a envolverem-se em desafios globais — como as alterações climáticas, soberania alimentar e igualdade de género — através de uma lente local.
Ao incorporar essas questões na educação, a IRDE incentiva os jovens a tornarem-se agentes proativos de mudança, capazes de enfrentar desafios locais e globais. Vai, assim, ao encontro da Estratégia Nacional de Educação para o Desenvolvimento: “ED traduz-se também na promoção de tomada de consciência e ação com vista à melhoria da qualidade de vida nas suas múltiplas dimensões, como condição para um desenvolvimento sustentável, tanto ao nível local como ao nível global.”
Além disso, a IRDE promove a igualdade de género, reconhecendo as barreiras únicas enfrentadas por mulheres e grupos mais vulneráveis em ambientes rurais.
Funciona para garantir que esses grupos tenham acesso igualitário à terra, funções de tomada de decisão e práticas sustentáveis, abordando tanto a saúde do solo quanto a equidade social.
Essa abordagem está alinhada com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), particularmente com os Objetivos relacionados à igualdade de género, educação, agricultura sustentável e proteção ambiental.
Isto é ainda mais importante, pois, num mundo globalizado, as áreas rurais podem intensificar o seu papel na resposta aos desafios globais, como crises alimentares, alterações climáticas e também desigualdade de género.
É um processo metodológico coconstruido pelos parceiros do projeto, tendo por base a reflexão em torno das aprendizagens em todo o projeto, e por isso é uma abordagem cuja definição está ainda em construção.
Explora a jornada de construção da IRDE e conhece os eixos e estratégias de intervenção aqui