O antigo espigueiro de Drave, aldeia escutista situada no coração do Geoparque de Arouca, ganhou uma nova vida. O último espigueiro da aldeia foi reconstruído e transformado numa Biblioteca de Troca de Livros, oferecendo um espaço de conhecimento aos mais jovens sobre os principais temas da Cidadania Global, que os inspire à mobilização transformadora orientada para a resposta aos principais desafios que hoje enfrentamos, alicerçada na justiça social, na solidariedade e nos direitos humanos.

Símbolo da tradição agrícola portuguesa, o espigueiro de Drave era mais do que um simples armazém de milho: foi, durante gerações, um espaço de encontros e memórias para os escuteiros. Perante o desgaste da estrutura, foi decidido restaurá-lo com rigor técnico e respeito pelo património arquitetónico, desmontando, tratando e recolocando cada pedra e trave. Mantiveram-se as linhas típicas do espigueiro minhoto, mas o interior foi adaptado para acolher estantes de madeira que agora guardam livros — transformando o espaço num local de aprendizagem, partilha e contemplação. “Antes, o espigueiro guardava alimento para o corpo. Hoje, guarda alimento para a mente e para o espírito. É um espaço de partilha, contemplação e cultura, que honra a tradição ao mesmo tempo que aponta ao futuro”, afirma o Corpo Nacional de Escutas.

De facto, levar a Educação para o Desenvolvimento e a Cidadania Global a territórios mais rurais é essencial para garantir que todos os jovens tenham acesso às ferramentas e valores necessários para compreender e transformar o mundo que os rodeia. O espigueiro de Drave é um símbolo dessa missão — um espaço que une tradição, conhecimento e partilha, e que inspira à ação crítica e transformadora.

A reconstrução e transformação deste símbolo da tradição agrícola portuguesa foram realizadas com o apoio do projeto Jovens 2030 – Educação para o Desenvolvimento e a Cidadania Global, implementado em Portugal pelo Instituto Marquês de Valle Flôr (IMVF), com o cofinanciamento da União Europeia e do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, I.P., e em parceria com o Corpo Nacional de Escutas (CNE).

O Jovens 2030 promove a inclusão, o empoderamento e a participação ativa dos jovens em zonas rurais, reforçando o seu papel enquanto agentes de mudança pela justiça social e climática. Através de múltiplas atividades vamos ampliar a capacidade dos jovens  atuarem nas suas comunidades com as ferramentas e valores necessários a uma cidadania ativa, critica, global e sustentável.

 

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