O projeto do IMVF “Saúde para Todos: luta contra as doenças não transmissíveis” visa apoiar o Sistema Nacional de Saúde santomense a diminuir o número de mortes relacionadas com as doenças não transmissíveis – que de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) representam 60% do total de mortes em todo o mundo.
Últimos dados divulgados pela OMS revelam cerca de 36 milhões de mortes em 2008 devido a doenças não transmissíveis – entre as mais comuns – as cardiovasculares, respiratórias, cancro e diabetes, número que deverá duplicar até 2030.
Muitas vezes associadas aos países mais ricos, este tipo de doenças constitui já um grave problema de saúde à escala global que tende também a atingir, e cada vez mais, os países de baixo e médio desenvolvimento, onde os sistemas de saúde apresentam ainda muitas limitações. Em São Tomé e Príncipe, em função do aumento da esperança média de vida dos últimos anos, os dados confirmam esta nova realidade.
Consciente dos números e conhecedor da realidade local em São Tomé e Príncipe, o IMVF propõe-se reduzir as taxas de morbilidade e mortalidade registadas a nível nacional através de uma melhor intervenção no controlo, diagnóstico e tratamento destas doenças, aliada a mais capacitação aos técnicos de saúde e informação à população, alertando para os múltiplos fatores de risco associados.
Doenças como as cardiovasculares, respiratórias, diabetes, politraumatismos, doenças oncológicas, saúde mental, doenças neonatais e dependências de álcool, tabaco e drogas estão a ser apoiadas pelo projeto “Saúde para todos: luta contra as doenças não transmissíveis”, já em curso.
Depois do extenso trabalho de prevenção e controlo sobre as doenças infeciosas – como o VIH/SIDA, tuberculose e malária – e da prestação de um conjunto integrado de cuidados de saúde à população, com resultados e impacto muito significativos, o IMVF procura responder às necessidades atuais da população, alertando para a adoção de comportamentos saudáveis e procurando contrariar os atuais comportamentos de risco.
O projeto apresenta como principais atividades: apoiar a integração nas políticas e estratégias nacionais de saúde; formar e capacitar os profissionais e técnicos de saúde são-tomenses; equipar as unidades de saúde nacionais no sentido de controlar, diagnosticar e tratar as doenças não transmissíveis, as doenças crónicas e outras relacionadas com comportamentos de risco; realizar sessões e campanhas de informação e sensibilização.