O projeto UE-ACTIVA, implementado pelo IMVF em parceria com a Rede de Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional da Guiné-Bissau (RESSAN-GB) e financiado pela União Europeia promoveu uma formação em Métodos de Diagnóstico Socioeconómico Participativo, em Bissau, durante 5 dias.
A formação decorreu de 23 a 27 de maio de 2016 e contou com a participação de 16 formandos provenientes de ONG e vários departamentos do Ministério da Agricultura da Guiné-Bissau. Os formandos puderam tomar contacto com metodologias de investigação e de trabalho de terreno em ciências sociais, além de ganharem competências na aplicação de modelos de análise de sustentabilidade dos modos de vida (Sustainable Livelihoods Framework – SLF) e de metodologias de diagnóstico rural participativo (Participatory Rural Appraisal – PRA). A formação incidiu ainda na aplicação de inquéritos a amostras representativas, para recolha de dados de caracterização socioeconómica. Margarida Lima Faria, do Instituto Superior de Agronomia da Universidade de Lisboa, conduziu a formação, que se insere no Zonamento Agroecológico de 3 regiões da Guiné-Bissau, que está a ser elaborado pela Remote Sensing, Environment and Technology for Development (RSeT).
Paulo Lopes, um dos formandos, considera que “esta formação é mais uma complementaridade, mais uma ferramenta para as nossas atividades, sobretudo nós, que lidamos sempre com as comunidades. Muitas vezes, as nossas intervenções são limitadas sobre como comunicar com as próprias comunidades. Esta formação elevou o nosso nível de conhecimento, como abordar as comunidades em função do trabalho que queremos fazer com elas”. Aysha Sanca, outra das participantes, acrescentou que esta formação ajudou a “recapitular os métodos que deveriam servir junto das comunidades nos trabalhos com elas. A metodologia de trabalho em grupos ajudou-nos bastante. Às vezes falha alguma coisa, mas os trabalhos em grupo ajudam à perceção das metodologias abordadas. Gostava muito que a formação se repetisse mais vezes, porque é muito importante para os técnicos no terreno”.
O projeto UE-ACTIVA – Ações Coletivas e Territoriais Integradas para a Valorização da Agricultura – Eixo 1: Governação Territorial é coordenado pelo IMVF, em parceria com a RESSAN-GB, desde julho de 2015 na Guiné-Bissau, mais concretamente nas regiões de Bafatá, Tombali e Quinara, contando com o financiamento da União Europeia. O principal objetivo consiste na melhoria das condições económicas e sociais da população guineense, em particular, das regiões de Cacheu, Bafatá, Gabu, Quinara, e Tombali, pretendendo-se, igualmente, promover a melhoria da governação territorial nas regiões de Bafatá, Quinara e Tombali.
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