O projeto UE-ACTIVA organizou um encontro dirigido aos atores-chave da área de segurança alimentar e nutricional da Guiné-Bissau, com o objetivo de apresentar o ponto de situação relativamente ao trabalho de zonamento agroecológico*, que está a ser desenvolvido pela empresa RSET, para as regiões de Bafatá, Tombali e Quinara, na Guiné-Bissau.

Este é o segundo encontro neste âmbito e realizou-se no dia 28 de junho de 2016, na sede da ONG guineense Acção para o Desenvolvimento (AD), contando com a presença de técnicos do Ministério da Agricultura e do Desenvolvimento Rural, da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), da Secretaria de Estado do Ambiente, de Organizações da Sociedade Civil, entre outros.

O trabalho de zonamento agroecológico tem estado a ser levado a cabo desde janeiro de 2016, com o fim de apoiar o aumento da produtividade de culturas agrícolas resistentes às alterações climáticas e criar cenários alternativos que reforcem a segurança alimentar e dinamizem a economia rural nas regiões-alvo do projeto.

Durante este encontro, a equipa de consultores da RSET fez uma revisão dos principais conceitos relacionados com o zonamento agroecológico e apresentou a metodologia do trabalho que tem estado a ser desenvolvido, seguida de um exemplo dos resultados obtidos, tendo como base o estudo de uma das mais importantes culturas de subsistência no país, o arroz de sequeiro.

Na última parte do encontro, os técnicos do Gabinete de Apoio ao Planeamento Agrário e do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas na Guiné-Bissau, que receberam formação em Sistemas de Informação Geográfica (SIG) e em zonamento agroecológico (em março de 2016), no âmbito desta consultoria, apresentaram um exemplo prático da aplicação destas ferramentas na agricultura. O encontro terminou com um debate sobre o futuro da informação produzida, e quem será responsável pelo armazenamento, gestão e disponibilização dessa informação.

Durante a apresentação foi enfatizado o facto de a Guiné-Bissau ser um país com um grande potencial agrícola, mas para que seja tirado o melhor partido é necessário haver um planeamento estratégico, uma gestão informada, e uma melhoria da capacidade operacional. Agricultura, Economia e Ambiente são os três eixos que sustentam a intervenção deste projeto, sendo que, no final do trabalho de zoneamento, espera-se obter respostas que permitam perceber como aumentar a produtividade agrícola, garantir a segurança alimentar, definir onde e como investir, gerir de forma sustentável o uso do solo, e o custo-benefício e a localização ideal para os biocombustíveis.

O projeto UE-ACTIVA – Ações Coletivas e Territoriais Integradas para a Valorização da Agricultura – Eixo 1: Governação Territorial é implementado pelo IMVF em parceria com a RESSAN-GB – Rede de Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional da Guiné-Bissau e é financiado pela União Europeia.

Saiba mais sobre este projeto aqui.

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