O IMVF foi um dos parceiros e membros da comissão de honra do Congresso iMed8.0 – Innovating Medicine, apoiando esta iniciativa anual através da atribuição de estágios médicos, no âmbito do projeto Saúde para Todos, em São Tomé e Príncipe.

Claudia Mendes e Inês Monteiro, alunas do 5.º ano de Medicina da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa foram duas das vencedoras da Clinical Mind Competition, uma competição que testa o raciocínio médico através da resolução de casos clínicos apresentados em tempo real. As alunas tiveram oportunidade de realizar o seu estágio durante duas semanas, entre 23 de março e 7 de abril, em São Tomé e Príncipe.

Na primeira semana, as jovens exerceram atividade nos cuidados de saúde primários, no Posto Materno-Infantil de Água Grande, e na segunda semana no Banco de Urgência no Hospital Dr. Ayres de Menezes. Do seu trabalho fez parte a colaboração com as enfermeiras no seguimento de grávidas e de crianças, e a observação de consultas de pediatria no Posto Materno-Infantil. No Banco de Urgência acompanharam o trabalho dos médicos, sobretudo no atendimento dos adultos e na triagem. As jovens tiveram ainda oportunidade de assistir a consultas de telemedicina da especialidade de oftalmologia.

Sobre o Saúde para Todos, Inês afirma que “é claro o impacto que o programa tem na saúde do país, tanto nos cuidados primários como especializados. Considero ainda muito positivo o enfoque presente na capacitação dos profissionais de saúde locais. O programa é uma grande mais valia para todos: população e profissionais de saúde são-tomenses, mas também para os profissionais e alunos em missão”.

Sobre o contributo desta experiência para a sua formação médica, Claudia refere. “É uma experiência única, onde se conhecem novas formas de pensar e trabalhar, onde se percebe que numa realidade completamente diferente daquela a que estamos habituados também é possível trabalhar-se e trabalhar-se bem! É só uma questão de adaptação, e para isto não há nada melhor do que aprender com os médicos locais.” E conclui. “Levo comigo o conhecimento de uma realidade diferente da de Portugal, que me permitiu compreender que é possível fazer muito, mesmo com recursos mais limitados.”

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