O programa da RTP África “Nha Terra Terra Nha Cretxeu”, que retrata assuntos económicos, sociais e culturais da realidade cabo verdiana, focou-se, na emissão do passado 23 de julho de 2019, na divulgação de produtos locais e projetos na área da sustentabilidade e desenvolvimento comunitário.

O principal produto destacado foi o queijo artesanal de Cabo Verde, reconhecido pela sua qualidade e sabor particulares, em grande parte devido ao caráter artesanal e em pequena escala da produção. O programa levou-nos à ilha do Maio, onde os contributos dos projetos Reforço dos Atores Descentralizados e Turismo Solidário e Comunitário, implementados pelo IMVF, em parceria com a Câmara Municipal do Maio e a Câmara Municipal de Loures, e financiados pela União Europeia estiveram em destaque.

Rosalina Cardoso, uma das beneficiárias dos projetos, e membro da Associação de Produtores de Queijo de Ribeira D. João, fala-nos do seu trabalho enquanto criadora de gado e produtora de queijo. Refere a importância das ações de formação e capacitação, da construção da queijaria e equipamento fornecido, na produção de um queijo com maior qualidade, comercializável de acordo com as normas de segurança e higiene. No entanto, Rosalina não pode deixar de lembrar as dificuldades que tem enfrentado devido à seca que dura há 3 anos no país. As consequências da falta de chuva fazem-se sentir em todas as ilhas de Cabo Verde, com um impacto especialmente negativo nas atividades agrícolas e de produção de gado e, consequentemente, na produção de queijo que, apesar de ter saída no mercado, é cada vez mais reduzida.

Sofia Moreira de Sousa, embaixadora da União Europeia, entrevistada pelo “Nha Terra, Nha Cretxeu” refere o impacto dos projetos financiados pela União Europeia neste setor, particularmente na ilha do Maio, e a importância de continuar a promover a produção artesanal de queijo, destacando o papel das mulheres nesta atividade geradora de rendimento.

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