
Francelina Costa, médica de clínica geral no Hospital Dr. Ayres de Menezes, na cidade de São Tomé, foi uma das participantes na formação em “Gestão da COVID-19 em São Tomé e Príncipe”, que decorreu entre os dias 2 e 31 de outubro de 2020, no âmbito do projeto de Apoio à Resposta à Pandemia de COVID-19 em São Tomé e Príncipe, financiado pela União Europeia e pelo Governo Português através do Camões, I.P. e implementado pelo IMVF e pelo Ministério da Saúde de São Tomé e Príncipe.
Esta formação, dirigida a 50 médicos e enfermeiros são-tomenses oriundos dos Centros de Saúde, do Hospital Ayres de Menezes e do Hospital Militar, foi ministrada pela médica internista Dra. Nandi Rodrigues, pela médica pediatra, Dra. Sofia Carneiro e pelas enfermeiras Cristina Alves e Margarida Pina e teve como principal objetivo contribuir para reforçar as capacidades técnicas e assistenciais dos profissionais de saúde do país na gestão da epidemia causada pela COVID-19.
“Durante a formação foram abordados vários temas muito pertinentes.Tivemos grandes aproveitamentos, aprendemos muitas coisas e houve uma troca de experiências entre os formadores e os formandos.”, partilha Francelina Costa. E acrescenta que “em São Tomé não há nenhum médico intensivista, mas com a formação ganhámos grande experiência para manejar pacientes graves durante o nosso dia-a-dia, tanto na enfermaria, onde trabalho, como no banco de urgência onde recebemos a maior parte dos pacientes graves.”
A formação em “Gestão da COVID-19 em São Tomé e Príncipe” foi dividida em dois cursos com aulas teórico-práticas, cada um deles com a duração de 8 dias de formação (56h), que decorreram em formato Tronco Comum para médicos e enfermeiros nos dois primeiros e nos dois últimos dias de cada curso, e em Formação Dirigida para médicos e enfermeiros nos restantes dias. “Na parte prática aprendemos como manejar um ventilador para fazer uma ventilação não invasiva, como fazer colheitas de sangue para fazer gasometrias”, conta Francelina Costa.
Ouça o testemunho:
Edmilia Rodrigues, médica de clínica geral no Hospital Central de São Tomé, foi também uma das beneficiárias da formação em “Gestão da COVID-19 em São Tomé e Príncipe”. Conta que durante a formação foram partilhadas várias experiências sobre a COVID-19 em São Tomé e Príncipe e Portugal. “Vimos vídeos de várias pessoas, profissionais de saúde, técnicos, médicos e enfermeiros a falar da sua própria experiência pessoal em tempos de COVID-19.”, conta.

Para Edmilia Rodrigues, esta “foi uma formação muito interessante porque veio esclarecer muitas dúvidas que tínhamos em como manejar pacientes com COVID-19, mas também veio satisfazer a necessidade que tínhamos de querer saber mais e entender aquilo que aconteceu durante o ano passado.” E acrescenta. “Foi como recapitular tudo aquilo que vivemos e adquirir novas experiências”.
Atualmente, Edmilia Rodrigues trabalha nos cuidados intensivos, onde lida diariamente com casos críticos de pacientes com COVID-19, e considera que os conhecimentos adquiridos têm sido aplicados.