Um dos eixos da atividade do IMVF no âmbito do PIMI III – Apoiar a Saúde Reprodutiva, Materna, Neonatal e Infantil, rumo a um Sistema Universal de Cobertura de Saúde na Guiné-Bissau é a implementação da política de gratuitidade dos atos clínicos para todas as mulheres grávidas, puérperas e crianças até 5 anos nas estruturas de saúde da Guiné-Bissau. Remover a condicionante financeira contribui para que o contexto socioeconómico não limite o acesso aos cuidados de saúde, aumentando a equidade no acesso aos cuidados de saúde reprodutiva, materna, neonatal e infantil (SRMNI).
Foi neste contexto que no dia 2 de agosto se realizou uma formação direcionada para os assistentes sociais que desempenham funções no Serviço Nacional de Saúde da Guiné-Bissau, dado o seu papel fundamental de proximidade com os beneficiários do PIMI III, tanto no acompanhamento das famílias mais vulneráveis, como no acesso à informação, já que se estima que 60% das mulheres guineenses sejam analfabetas.
Assim, a formação teve o objetivo de capacitar estes profissionais na identificação dos atos médicos, medicamentos, testes e consumíveis gratuitos, de modo a poderem orientar e informar as utentes de SRMNI sobre a gratuitidade e evitar as cobranças ilícitas.
A formação tem também o intuito de preparar os assistentes sociais para a aplicação de um inquérito trimestral para avaliar a satisfação das beneficiárias dos cuidados de SRMNI em relação à qualidade da prestação do serviço e aplicação da gratuitidade nas suas estruturas sanitárias. Estes inquéritos permitirão identificar falhas que podem ser colmatadas durante a intervenção.
Esta formação insere-se na estratégia de comunicação dedicada a promover o conhecimento sobre a Política de Gratuitidade, para que a procura dos cuidados de saúde materno-infantis aumente e a população esteja consciencializada para exercer os seus direitos na área da saúde.
O projeto UE-PIMI III – Apoiar a Saúde Reprodutiva, Materna, Neonatal e Infantil, rumo a um Sistema Universal de Cobertura de Saúde na Guiné-Bissau é financiado pela União Europeia e implementado pelo IMVF, pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Projeto Saúde de Bandim (Universidade do Sul da Dinamarca), em parceria com o Ministério da Saúde Pública da Guiné-Bissau, tendo como objetivo global contribuir para reduzir as taxas de mortalidade materna e de crianças com menos de cinco anos através de um melhor acesso a cuidados de Saúde Reprodutiva, Materna, Neonatal e Infantil (SRMNI) de qualidade.