As restrições impostas pela pandemia de COVID-19 na Colômbia obrigaram a equipa do projeto Territórios Sustentáveis para a Paz em Caquetá, na Colômbia, a procurar alternativas para a prestação de assistência e apoio técnico aos agricultores. A utilização de tecnologias de comunicação (mensagens e chamadas telefónicas, videochamadas) revelou-se essencial nesta fase, ao permitir a continuação do acompanhamento técnico prestado aos agricultores. Com a redução das medidas restritivas em vigor na Colômbia a partir dos meses de agosto e setembro, a equipa pode retomar as suas ações no terreno, implementando protocolos e regras de intervenção que garantem a segurança de todos os colaboradores e beneficiários.
A retoma das visitas de apoio técnico aos agricultores permitiu constatar que estes foram capazes de pôr em prática as recomendações feitas à distância pela equipa técnica nos meses anteriores, as quais se refletem numa melhoria em termos de produtividade e rendimento das culturas. A equipa pode ainda verificar que, durante o período de emergência sanitária, muitos agricultores ganharam consciência da importância de produzir os seus próprios alimentos, reduzir a dependência externa e tirar partido do potencial produtivo das suas fincas. Assim, aumentaram e diversificaram a produção de culturas alimentícias, reforçando a sua capacidade de autoabastecimento e segurança alimentar.
Nos próximos meses, o projeto continuará a prestar assistência técnica de forma intensiva, com o objetivo de reforçar a transferência de conhecimentos e garantir a correta implementação de modelos de produção e a incorporação de práticas de cultivo, manipulação e pós-colheita que permitam gerar rendimentos e reduzir o impacto ambiental das atividades agrícolas. Os agricultores beneficiários têm grandes expetativas face a esta nova fase de assistência técnica, demonstrando vontade de continuar a melhorar o tipo de práticas agrícolas que utilizam.
O projeto Territórios Sustentáveis para a Paz em Caquetá é implementado pelo IMVF e pela Red Adelco e financiado pelo Fundo Fiduciário da União Europeia para a Paz na Colômbia, cofinanciado pelo Camões, I.P., e conta com contribuições da governação local do Departamento de Caquetá e dos municípios de La Montañita e El Paujil, bem como de empresas privadas portuguesas presentes na Colômbia.