Não tenhamos a menor dúvida de que as alterações climáticas não só impactam o preço dos alimentos, como também a sua produção, qualidade e disponibilidade.

De acordo com o estudo internacional da GlobeScan quando inquiridos sobre o impacto das alterações climáticas, 75% dos portugueses afirma que foram afetados pelo calor extremo, e 73% afirma que sentiram este impacto no aumento dos preços dos alimentos. Um inquérito em que os portugueses também identificaram a guerra (87%), a pobreza extrema (85%) e as alterações climáticas (82%) como os principais problemas globais.

A este propósito, os briefs sobre a alimentação e alterações climáticas, a Guerra e os direitos humanos – da autoria de Patrícia Magalhães Ferreira (consultora e especialista nas questões de desenvolvimento) – exploram as ligações entre os principais desafios que enfrentamos e as questões da alimentação e que impactam, de forma mais violenta, os mais pobres e os mais vulneráveis.

De facto, mais do que nunca, devemos apostar numa alimentação mais saudável, mais local e mais nutritiva. Uma alimentação, em não nos esquecemos de promover a defesa dos direitos humanos e ambientais em toda a cadeia de produção. Assim, também os guias de consumo que apresentamos no âmbito da campanha Our Food. Our Future permitem um maior conhecimento sobre práticas de consumo locais; desafios de uma alimentação ética, justa e sustentável,  identificando as vantagens de se consumir localmente, para além de oferecem sugestões e ideias consoante as suas necessidades e esclarecem sobre as vantagens da certificação de comércio justo.

Reconhecendo que os desafios para uma alimentação ética e sustentável crescem exponencialmente com as dinâmicas globais, relembramos também que 65% dos portugueses, quando inquiridos no âmbito da campanha OFOF,  dizem identificar-se completamente ou fortemente com uma reivindicação ética na alimentação.  Entre os inquiridos, 53% concorda muito ou completamente que a alimentação ética contribui para criar condições mais justas nas cadeias de fornecimento de alimentos e 81% acredita que é importante abordar especificamente os direitos das mulheres neste âmbito.

Desafios e dados que reforçam o nosso compromisso na promoção de um sistema alimentar que valoriza os direitos humanos, sociais e ambientais.

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